quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

5 LIÇÕES DO ORIENTE PARA A SAÚDE




# 1. Ouvir

A prática oriental é a de "ouvir com todo o seu corpo". Preste atenção e use todos os sentidos que você tem para observar o seu corpo. Ele sempre demonstra, de alguma forma, qualquer desequilíbrio ou distúrbio pelo qual sua saúde esteja passando. Preste mais atenção a ele!

# 2. Descobrir e cuidar da causa do problema

Não adianta você sentir uma dor de cabeça e tomar um analgésico. Você estará ocultando a real causa do seu problema. Por que devemos tratar de algo se não sabemos o que é?

# 3. Tratar o seu corpo integralmente

A grande diferença entre as práticas medicinais ocidentais e orientais é que a medicina ocidental trata as pessoas como órgãos. A medicina oriental trata as pessoas como um todo. Para poder tratar de uma doença, é necessário ver todos os aspectos de sua vida, como processos fisiológicos (incluindo alimentação, defecação, sono, humor, etc.) e hábitos de vida.

# 4. Cuidar da saúde não é apenas tratar uma doença, mas também manter o seu bem-estar

Há um termo em chinês que não tem o seu equivalente exato em português. A tradução mais próxima é provavelmente "permanecer em equilíbrio", mas essa tradução não faz justiça ao termo, porque se refere a manutenção e promoção de bem-estar. Na verdade, a concepção chinesa é muito mais abrangente e inclui a prevenção, a cura e o bem estar geral de corpo, mente e espírito.

# 5. A medicina é uma prática ao longo da vida e o cuidado com a saúde também

A medicina ocidental considera tudo o que é novo como o melhor; a droga mais potente, o tratamento mais evoluído, o novo aparelho à venda no mercado. Em contraste, os pacientes orientais reverenciam os praticantes antigos da Medicina Tradicional Chinesa pelo seu conhecimento e experiência, e estes, passam sua vida estudando e aperfeiçoando sua prática. Da mesma forma os pacientes ocidentais só procuram ajuda profissional quando os sintomas de algum mal pioram ou sentem dores, enquanto que no oriente as pessoas preferem sempre se manter em equilíbrio e praticar a prevenção.



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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

A FASCITE PLANTAR E A ACUPUNTURA



A fascite plantar é uma das diversas doenças que acometem os pés, assim como o esporão de calcâneo e a síndrome do túnel do tarso.

É um distúrbio doloroso comum que afeta o calcanhar e a planta do pé. Trata-se de uma desordem no local de inserção dos ligamentos no osso e se caracteriza pela cicatrização, inflamação ou destruição estrutural da fáscia plantar do pé. É frequentemente causada pela lesão por esforço repetitivo da fáscia plantar, que se intensifica com exercício físico, peso ou idade. 

Embora originalmente a fascite plantar tenha sido pensada como um processo inflamatório, estudos recentes têm demonstrado alterações estruturais mais condizentes com processos degenerativos. Como resultado das novas observações, parte da comunidade acadêmica tem defendido a mudança do nome desta condição para "fasciose plantar".

A maioria dos doentes terá dor severa ao se levantar, já que a sustentação de peso aumenta a pressão sobre a fáscia e comprime a região afetada. Esta pressão é aliviada depois dos primeiros passos, já que a atividade muscular permite reduzir o inchaço.  

Há um número limitado de estudos que analisam o uso da acupuntura no tratamento de distúrbios do pé (Bailey, 2009). A maioria dos estudos indicam que a eletroacupuntura (EA) é sugerida como sendo mais eficaz do que a acupuntura padrão: os resultados podem ser mais rápidos e mais duradouros. Há uma série de estudos que têm demonstrado que a eletroacupuntura (EA) é segura e eficaz na gestão da fascíte plantar (Perez-Millan e Foster, 2001).

Em um pequeno estudo (onze pacientes) Perez-Millan et al. (2001) investigaram EA na gestão de fascite plantar crônica. Esses pacientes não haviam obtido nenhuma resposta ao tratamento convencional. Os pacientes receberam seis tratamentos semanais até que conseguiram a extinção completa da dor.


Vrchota et ai. (1991) teve um número um pouco maior de pacientes (43) distribuídos aleatoriamente em três grupos que investigaram os efeitos da EA em comparação com a acupuntura padrão (somente agulhas, sem eletro) e com o tratamento convencional com fisioterapia desportiva. No grupo no qual foi utilizada a EA, foram estimulados os pontos exatos dos locais de dor (pontos ashi) com eletroacupuntura. O segundo grupo recebeu agulhamento padrão em acupuntura e o último grupo recebeu o tratamento da medicina esportiva. Todos os grupos melhoraram, mas somente o grupo EA obtiveram alívio significativo da dor em três semanas de atendimento (Vrchota et al., 1991). Um estudo interessante foi feito por Zhang et ai. (2009). O grupo de tratamento recebeu agulhamento no CS-7 (ponto de acupuntura), considerado especialmente eficaz para a dor no calcanhar e o grupo controle foi tratado com o ponto F-4. A dor foi medida usando uma escala de VAS (Escala Analógica Visual - Visual Analogue Scale - VAS).  A dor foi significativamente reduzida no grupo de tratamento. Eles concluiram que a acupuntura é eficaz para o alívio da dor e que PC-7 é um ponto específico que pode ser utilizado em dor no calcanhar.

(Fontes: http://www.caldecottelakechiropracticandacupunctureclinic.co.uk/ e wikipédia)


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O ALÍVIO DA ANSIEDADE COM A ACUPUNTURA


Você pode pensar que a acupuntura é para os "descolados" que não acreditam na medicina ocidental ou para seu pai idoso com dor crônica nas costas, mas um crescente número de pesquisadores tem demonstrado que a acupuntura pode ajudar a tratar uma condição que afeta a todos de vez em quando: a ansiedade.





Gerenciar a ansiedade severa pode ser complicado porque geralmente inclui terapia, que demora meses para apresentar resultados, de acordo com a Associação Americana de Ansiedade e Depressão. Além do mais, a ansiedade muitas vezes pode exigir medicação, o que pode ter efeitos secundários graves, diz Ladan Eshkevari, PhD, CRNA, um acupunturista certificado, fisiologista e diretor-assistente do Programa de Anestesia da Escola de Enfermagem e Estudos em Saúde da Universidade de Georgetown em Washington. No entanto, quando a acupuntura é eficaz para a ansiedade, os sintomas diminuem após as primeiras visitas, e praticantes como Eshkevari estão confiantes que ataca o problema em suas raízes.

A Medicina chinesa antiga descreve uma força de energia chamada Qi que regula a saúde geral do corpo. Como o sangue no sistema circulatório, o Qi se move ao longo do corpo por meio de vias denominadas meridianos. Quando fatores como lesões, estresse, má alimentação, ou uma mudança no ambiente interrompem o correto fluxo de Qi, surgem as doenças. Através da inserção de finas agulhas em pontos específicos no corpo, a acupuntura restaura o equilíbrio do Qi e da saúde geral do corpo. 

Utilizando o conceito oriental da circulação de energia ou as explicações ocidentais sobre o estímulo às terminações nervosas através das agulhas, o fato é que com a acupuntura é possível regular a função metabólica do organismo e as reações químicas que ocorrem quando há algum distúrbio emocional presente.

A acupuntura tem crescido em popularidade desde a década de 1970 simplesmente porque funciona, e há pesquisas crescentes em apoio à sua eficácia para a ansiedade e outras condições mentais.

As circunstâncias externas além de seu controle podem ocasionar ansiedade e a  acupuntura permite que seu corpo retome o controle. 

Estamos constantemente sob stress e pressão, o que pode trazer problemas graves de saúde. A acupuntura é um ótimo tratamento e ajuda a se obter uma vida mais longa e de melhor qualidade, sem a intoxicação e os efeitos colaterais muitas vezes advindos do tratamento químico convencional.

(fonte:http//www.everydayhealth.com)

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terça-feira, 10 de novembro de 2015

PONTOS DE ACUPUNTURA QUE VOCÊ MESMO PODE PRESSIONAR PARA ALONGAMENTO E LIBERAÇÃO DE TENSÃO

Todo acupunturista tem seus pontos favoritos e que os em circunstâncias específicas. Muitas vezes, esses pontos são aqueles de "solução rápida" e que tem ampla aplicação, podendo ser utilizados na sequência de várias regras de ouro, ao invés de um diagnóstico detalhado. Alguns desses pontos podem ser adicionados para aquecer e alongar ajudando a preparar o corpo para as atividades físicas, enquanto outros podem ser utilizados para relaxar os tecidos locais. Estes pontos são também em locais facilmente acessíveis sobre o corpo, fazendo o auto-tratamento possível. Note-se que todos os pontos indicados são bilaterais, ou seja, são encontrados em ambos os lados do corpo, mesmo se apenas um dos lados está ilustrado abaixo.





Chingling e Weiling






Estes dois pontos são facilmente utilizadas em conjunto. Eles são pontos extras, não associados com os canais de acupuntura regulares. Eles liberam a tensão de membros inferiores, tornando mais fácil o alongamento das pernas. Para pressionar esses pontos, deslize o dedo indicador e médio a partir do espaço entre a base dos dedos mínimo e anelar, e indicador e médio, em direção ao punho, até a região média do dorso da mão. Pressione os pontos até sentir a região ligeiramente dolorida, em ambas as mãos e, em seguida, alongue as pernas.(Algumas pessoas notam um aumento acentuado da flexibilidade da perna depois de fazer isso).




Vesícula biliar 34 (yang ling quan)


Este ponto é específico para relaxamento dos tendões e ligamentos. É particularmente bom para pessoas que tem uma história de distensões, entorses ou cirurgias em articulações. O ponto Vesícula biliar 34 está localizado anterior e inferior à cabeça da fíbula. A melhor maneira de encontrar este ponto é posicionar a lateral externa da mão subindo desde o tornozelo, pela lateral da perna até que sinta uma "parada", logo abaixo do lado do joelho. Este ponto responde bem ao se pressionar e ao se friccionar. Faça como se sentir mais confortável.


Bexiga 57 (cheng shan)







Este ponto relaxa e fortalece a região lombar. Ele responde bem à pressão forte e profunda com o dedo. O ponto está no centro da parte posterior da perna, inferior à panturrilha, no músculo gastrocnêmio. É aproximadamente no ponto em que o tendão de Aquiles se une ao músculo. Massagear toda a área em torno deste ponto pode ser útil para relaxar a região posterior das pernas.









Vesícula biliar 21 (jian jing)


Muitos problemas de ombro, pescoço e dor de cabeça são o resultado de tensão nos músculos do trapézio. Tensão no trapézio vai afetar o movimento de toda a parte superior das costas, pescoço e ombros. Este ponto é muito poderoso no alívio do estresse e tensão que afeta essas áreas. O ponto está localizado em uma depressão em forma triangular no topo dos ombros, a meio caminho entre o pescoço e o acrômio (ponta do osso do ombro). A melhor maneira de usar esse ponto em si mesmo é cruzar os braços e pressionar os dedos médio e indicador ou profundamente na parte superior do ombro. Este ponto promove uma sensação de dor ao ser pressionado, que é diferente da sentida no tecido circundante. Por este motivo, é facilmente percebido quando é encontrado.



Há, naturalmente, muitos pontos que podem ser úteis em alongamento e redução de dores devido à atividade física. Os pontos acima são apenas pontos de uso geral. Se você tem preocupações específicas, é útil consultar um acupunturista quanto às técnicas de acupressão que fariam mais sentido na sua situação.

(fonte: http://www.fightingarts.com/)




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terça-feira, 3 de novembro de 2015

O QUE ACONTECE QUANDO APLICAMOS GELO NO PONTO FENG FU?

A medicina tradicional chinesa descobriu um ponto do nosso corpo que quando é estimulado promove um bem estar geral.

Este ponto chamado de Feng Fu, é um ponto de pressão que se situa atrás da cabeça, na base do crânio, na parte superior do pescoço.

Ponto Feng Fu

Feng-Fu

De acordo com a medicina tradicional chinesa o Método do Ponto Feng Fu não trata os problemas do organismo. Na verdade, este método, faz com que o corpo volte ao seu equilíbrio fisiológico natural – fornecendo um forte impulso de vida rejuvenescendo todo o corpo.


Técnica da aplicação de um cubo de gelo no ponto Feng Fu:

Escolha uma posição confortável de barriga para baixo.

Aplique um cubo de gelo, uma ou duas vezes por dia, durante 20 minutos.

Se lhe for mais conveniente, pode usar um pano ou um saquinho de plástico para envolver o cubo de gelo.

Ao fim de 30 segundos começará a sentir um leve calor neste ponto.

Nos primeiros dias há a possibilidade de uma leve sensação de euforia devido à libertação de endorfinas.




Alterações que poderá sentir ao aplicar este método:

– Diminuição de dores de cabeça, dores de dentes e de articulações;

– Ajuda a regular problemas de tensão arterial (hipotensão e hipertensão);

– Melhoras no sistema digestivo;

– Melhoras do seu sono e humor;

– Alívio de infecções gastro-intestinais e doenças sexualmente transmissíveis;

– Alívio de perturbações neurológicas e distúrbios psico-emocionais: fadiga crônica, estresse, depressões, insônias, etc;

– Inibição de alterações degenerativas da coluna vertebral;

– Melhoras de problemas respiratórios;

– Ajuda a inibir problemas ligados ao sistema cardiovascular;

– Eliminação de constipações frequentes;

– Estabilização de distúrbios provocados pela tireoide;

– Alívio de ataques de asma;

– Redução da celulite;

– Melhoras de problemas do trato gastro-intestinal,;

– Melhoras de desordens ligadas à obesidade e à má-nutrição;

– Alivio de desordens ligadas à frigidez, impotência e infertilidade;

– Melhoras de problemas menstruais.

(fonte: http://thesecret.tv.br/)

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

ACUPUNTURA E MOXABUSTÃO SÃO EFICAZES PARA O TRATAMENTO DE DIABETES




Pesquisadores da Universidade de Nanjing de Medicina Chinesa concluíram que a acupuntura combinada com a moxabustão tem uma taxa efetiva total de 84,78% para o tratamento de diabetes tipo 2. Os pesquisadores também investigaram a aplicação da acupuntura como uma terapia independente. Sem moxabustão, acupuntura teve uma taxa efetiva total de 69,57%. Os pesquisadores concluíram que a terapia combinada produz os melhores resultados.


Especificamente, a taxa efetiva total foi determinada pela análise de vários fatores clínicos, incluindo mudanças no seguinte:

Índice de sensibilidade à insulina (ISI)
Insulina de jejum (FINS)
Leptina de jejum (FLP)
Jejum de glucose no plasma (FPG)
Indice de resistência à insulina (Home-IR)
Indice de secreção de insulina (Homa-β)
Índice de Massa Corporal (IMC)
Aumento de HDL 
Decréscimo de LDL
Colesterol total
Triglicerídeos

Um grupo foi testado somente com acupuntura e outro com acupuntura e moxabustão. O de uma vez a cada dois dias, durante três meses. O tratamento consistiu de uma sessão por semana e cada sessão era de aproximadamente 30 minutos. Acupuntura com moxabustão atingiu uma taxa de sucesso total de 84,78% e acupuntura isoladamente alcançou uma taxa efetiva total 69,57%. 

(fonte:https://www.healthcmi.com/Acupuncture-Continuing-Education-News/1542-acupuncture-alleviates-diabetes)

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

TERAPIAS INTEGRATIVAS - O que podem fazer por você?



Não se surpreenda se, ao entrar no hospital, você deparar com uma plaquinha indicando um setor de acupuntura ou uma ala dedicada à prática de ioga ou hipnose. Chamadas antes de alternativas, as terapias complementares são temas de cada vez mais estudos e estão invadindo centros médicos no Brasil e no mundo — algumas delas já estão disponíveis inclusive em postos de saúde pelo Sistema Único de Saúde, o SUS. Em fevereiro, para confirmar essa tendência, começou o primeiro curso nacional de pós-graduação em medicina integrativa, ministrado pelo Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Medicina Integrativa é a abordagem que procura casar tradicionais práticas baseadas em evidência com métodos que, em vez de focar num problema específico, buscam tratar o corpo como um todo.

Nos Estados Unidos, o próprio governo estimula a pesquisa e a adesão a essas práticas com o Centro Nacional para Medicina Complementar e Alternativa (NCCAM na sigla em inglês), cujo orçamento supera US$ 120 milhões. No levantamento mais recente sobre o tema, o Instituto Samueli mostrou que 42% dos hospitais nos EUA (de 714 pesquisados) ofereciam terapias complementares em 2010 — em 2007, o número era 37%. Isso inclui centros prestigiados como MD Anderson e Memorial Sloan-Kettering Cancer Center e universidades como Harvard, que já dispõem de departamentos dedicados à pesquisa e aplicação de acupuntura, técnicas de relaxamento e afins. O número de estudos sobre o tema cresceu 33% em cinco anos, de acordo com o banco de dados de publicações médicas Pubmed. Só em 2011 foram 514 artigos divulgados.

A demanda também está em alta. Na última pesquisa do NCCAM sobre o uso dessas terapias, observou-se que, em 2008, quatro em cada dez americanos recorriam a elas. A partir deste ano, teremos uma noção desse cenário no Brasil. “Na Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, incluiremos, pela primeira vez, perguntas ligadas à medicina integrativa, para saber o quanto o brasileiro a utiliza e quais as terapias mais empregadas”, conta Patrícia Chueiri, coordenadora de Áreas Técnicas do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde.

Em São Paulo, hospitais de ponta, como o Einstein e o Sírio-Libanês já contam com serviços de abordagem integrativa. Mas a tendência não é exclusividade dos centros mais caros. O SUS oferece fitoterapia, homeopatia e práticas da medicina tradicional chinesa, como acupuntura. O impulso para essa oferta veio em 2006, quando se lançou a Política Nacional de Práticas Integrativas. Desde então, cada vez mais postos de saúde fornecem tais práticas. Segundo o Ministério da Saúde, em 2011 foram realizadas mais de 600 mil sessões de acupuntura em mais de 100 municípios; no ano passado, até setembro, foram contabilizados mais de 730 mil. Ainda em 2012, registraram-se cerca de 245 mil sessões de práticas de origem chinesa como tai chi chuan.

“O Brasil está na vanguarda nesse aspecto, uma vez que na maioria dos países ocidentais essas terapias estão mais concentradas no âmbito privado”, diz Patrícia. Na área da fitoterapia, já são 12 extratos de plantas com eficácia demonstrada que podem ser receitados pelos médicos nas unidades básicas de saúde. “A ideia é aumentar esse leque e, por isso, trabalhamos com a perspectiva de ampliar em 20% os recursos voltados a fitoterápicos”, conta Carlos Gadelha, secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério.

Aos poucos, a medicina integrativa ganha evidências científicas e vence a resistência de profissionais mais ortodoxos. “Ela propõe um resgate das práticas mais antigas sem negar os avanços da medicina convencional”, define o médico Paulo de Tarso Lima, coordenador do Grupo de Medicina Integrativa do Hospital Israelita Albert Einstein. Esse modelo tem raízes na concepção milenar de saúde dos orientais. “Entendemos que o processo de cura não depende de um procedimento, mas da reação do organismo. As terapias são ferramentas para que se restabeleça o equilíbrio e o paciente se recupere”, explica Lima. Daí porque se prefere o termo “integrativo” a “alternativo”: a proposta não é trocar um tratamento por outro, mas analisar qual deles ou que combinação teria melhor resultado, sem perder de vista a necessidade de oferecer conforto num momento penoso. “Se pensarmos em alguém com câncer, não podemos tratar apenas o tumor. É preciso considerar outras demandas desse paciente, como questões emocionais, espirituais e familiares. Nesse contexto, terapias complementares ajudam a minimizar a dor, a ansiedade ou depressão e até efeitos colaterais dos tratamentos convencionais”, diz Plínio Cutait, responsável pelo serviço de cuidados integrativos do Hospital Sírio-Libanês, que lança mão de reiki, acupuntura, meditação e outras técnicas.

Sob investigação

O programa de pós-graduação do Einstein contempla terapias de toque, técnicas que trabalham a conexão mente/corpo e as medicinas chinesa e indiana, mas deixa clara a preocupação de investigar quando faz sentido aplicá-las. “Só com análise crítica podemos ver o que realmente funciona e merece ser incorporado ao dia a dia”, conta a enfermeira e pesquisadora Eliseth Leão, que comanda a iniciativa ao lado de Lima. Essa mesma visão norteia estudos nos EUA. O Memorial Sloan-Kettering Cancer Center liderou uma das maiores revisões sobre acupuntura e dor crônica, concluindo que sua eficácia não se resume a efeito placebo. Em Harvard, uma das linhas de pesquisa analisa o papel da meditação para contrapor problemas cognitivos. E no próprio Einstein exames de neuroimagem são usados para entender como meditar interfere no cérebro.

Às vezes surgem até conclusões conflitantes: trabalhos dizendo que ioga ajuda a acabar com dores crônicas e outros questionando isso, o que justifica a necessidade de realizar pesquisas bem construídas, com grande número de participantes. Há casos, como o dos florais de Bach, em que revisões indicam que seu efeito é semelhante ao placebo. O Ministério da Saúde também lançou editais de pesquisa para investigar o custo/efetividade dessas terapias e seus benefícios nas doenças crônicas. Essas análises permitirão responder se as práticas integrativas ajudam a poupar os cofres públicos. “Num primeiro momento, sabemos que há um gasto para montar farmácias homeopáticas ou de fitoterápicos, bem como capacitar profissionais. Mas talvez se economize em longo prazo”, diz Patrícia. Faz sentido se considerarmos que a medicina integrativa procura não só resolver um problema, mas reequilibrar o organismo para prevenir novas crises. É de esperar que, diante de indicações aprovadas pela ciência, quem saia lucrando é a saúde do brasileiro.



1. Acupuntura



Ilustrações: Samuel Rodrigues 

A prática milenar de origem chinesa vira e mexe é colocada à prova pela ciência. Nos últimos anos, pesquisadores queriam saber se a ação das agulhadas em pontos específicos não era algo apenas deflagrado pela mente (o tal efeito placebo) e decifrar como ela interfere no organismo. No final de 2012, um dos maiores estudos na área, financiado pelo Centro Nacional de Medicina Complementar e Alternativa dos EUA, jogou evidências sobre a discussão: depois de revisar 29 pesquisas, totalizando quase 18 mil participantes, o trabalho mostra que a acupuntura tradicional ajuda a combater dores crônicas nas costas, na cabeça e ligadas à artrite. “Essa é a maior análise já feita para verificar se há diferenças entre a terapia de verdade e a baseada em pontos falsos, o placebo. Ela resolve a questão de que a acupuntura não se restringe a um mero efeito da mente”, diz o epidemiologista Andrew Vickers, do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, líder da investigação. Estudos já identificaram áreas do cérebro acionadas pelas agulhas, entre elas nosso centro de controle da dor. “A acupuntura promove a liberação de substâncias analgésicas, as endorfinas, mas precisamos entender agora como se dá essa ação permanente na dor crônica”, diz Vickers.

Origem: China Antiga 
Principais indicações: dor nas costas, dor de cabeça, problemas nas articulações, pressão alta, sintomas indesejados da menopausa e da gravidez, ansiedade, depressão, insônia, efeitos adversos de tratamento contra o câncer, distúrbios cognitivos 
Contraindicações: pessoas com alergia intensa ou lesões na pele, muita sensibilidade a agulhas, fobia de ser picada e imunidade baixa 
Onde faltam evidências: enxaqueca crônica, tratamento de alguns tipos de câncer, doenças cardíacas agudas 

2. Musicoterapia



Ilustrações: Samuel Rodrigues 


Assim como um sambão instiga o corpo a se mexer e uma sonata nos deixa contemplativos, a capacidade que a música tem de alterar o ânimo é utilizada com fins terapêuticos. “As melodias interferem no sistema límbico, nosso centro das emoções, alteram o padrão de ondas cerebrais e propiciam a liberação de substâncias relaxantes e analgésicas”, diz Eliseth Leão, cujo mestrado e doutorado tratam de musicoterapia. Um experimento da Universidade do Kentucky, nos EUA, mostrou que pessoas submetidas a cirurgia e expostas a uma seleção musical durante e após a operação se recuperaram mais rápido que aquelas que só ouviram os médicos conversando. A hipótese é que sons plácidos aliviem o estresse e tirem o foco da situação a ser enfrentada. As sessões de musicoterapia duram, em geral, 20 minutos e podem ser em grupo ou individuais. “A escolha do repertório respeita o objetivo do tratamento e o perfil do paciente”, diz Eliseth. E a terapia continua até fora do consultório, já que é possível escutar um playlist em casa. 

Origem: embora o uso da música em rituais terapêuticos remonte à Antiguidade, sua entrada pra valer na medicina moderna se deu na década de 1960 
Principais indicações: controle do estresse, dores agudas e crônicas, ansiedade, depressão, distúrbios cognitivos, autismo, recuperação no câncer 
Contraindicações: vítimas recentes de derrame e portadores de epilepsia musicogênica (condição rara em que os estímulos sonoros provocam convulsões) 
Onde faltam evidências: doenças psiquiátricas que geram estados de excitação e alucinação


3. Homeopatia 

Quem é que nunca fez (ou pelo menos já ouviu falar em alguém que fez) um tratamento com gotinhas ou comprimidos homeopáticos? Desde que a Associação Médica Brasileira a reconheceu como uma especialidade em 1980, a homeopatia se tornou bastante popular no país. Tal avanço não eliminou, contudo, a desconfiança de uma extensa parcela dos próprios médicos, que acreditam na falta de evidências capazes de legitimar seu uso. “A medicina hoje é muito atrelada ao mercado e a indústria farmacêutica teme a homeopatia pelo fato de que ela é simples, mais barata e contraria o filão dos laboratórios, que é a doença em si”, opina o pediatra e homeopata Renan Marino, professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto. Marino desenvolveu uma experiência pioneira com um remédio homeopático frente à epidemia de dengue que assolava essa cidade no interior paulista. Cerca de 20 mil doses foram distribuídas entre a população e houve uma queda de 80% no número de casos da infecção registrados — e nenhuma pessoa evoluiu para a forma hemorrágica e mais grave da doença. Hoje, o especialista investiga o potencial da homeopatia em crianças com hiperatividade. “Em 80% dos casos, podemos tirar a droga normalmente receitada e só o homeopático já consegue equilibrar a agitação”, conta. Apesar desses resultados, há pesquisadores que questionam sua eficácia e modo de ação. O médico alemão Edzard Ernst, da Universidade de Exeter, na Inglaterra, afirma, depois de inúmeras investigações no campo das terapias alternativas, que seu efeito não passa de placebo. “Um remédio homeopático costuma ser tão diluído que não chega a ter qualquer molécula ativa. Há quem defenda que algum tipo de energia é transferido ao produto no processo de diluição, mas essa hipótese é implausível”, diz. Com base nisso, Ernst salienta que a homeopatia não deveria substituir intervenções convencionais diante de um problema de saúde mais grave.

Origem: criada pelo alemão Samuel Hahnemann no século 19 com base em princípios descritos 
pelo grego Hipócrates no século 4 a.C. 
Indicações: pode ser usada sozinha ou junto a um tratamento convencional em diferentes problemas, como resfriados, bronquite e sinusite, doenças que geram dor crônica e queimaduras 
Contraindicações: não há, a menos que existam reações adversas a compostos específicos 
Onde faltam evidências: Infecções severas, alergias e dermatites intensas, quadros que cobram internação


4. Fitoterápicos 

Um dos hábitos mais antigos da humanidade é recorrer à natureza para abrandar males do corpo e da alma. E não é à toa que uma porção de remédios, hoje fabricados por farmacêuticas, tem seu princípio ativo baseado em substâncias encontradas originalmente em plantas. A fitoterapia se apoia justamente no princípio de usar o que o reino vegetal oferece para tratar doenças e isso pode ser feito por meio de extratos, infusões, cápsulas, pomadas... Sua força no Brasil parece vir das nossas heranças históricas — basta pensar na cultura indígena — e da diversidade da nossa flora. Acontece que, a exemplo de outras práticas, o uso de plantas carece do carimbo científico, ainda mais porque dosagens e combinações equivocadas são capazes de derrubar o organismo. Felizmente, muitas instituições, como a Universidade Estadual de Campinas e a Federal de Santa Catarina, investem na pesquisa de fitoterápicos.


Ilustrações: Samuel Rodrigues 


E, antenado à tendência, o próprio SUS oferece 12 extratos de plantas em sua rede. “São fitoterápicos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária em critérios de eficácia e segurança”, diz Carlos Gadelha, secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde (confira no esquema ao lado).

Origem: plantas são usadas como remédios 
em todo o mundo desde a pré-história 
Principais indicações: dores, processos inflamatórios, problemas gastrointestinais e do aparelho respiratório e colesterol alto 
Contraindicações: em tese, todos os fitoterápicos podem apresentar riscos e efeitos adversos, daí a necessidade de uma indicação médica


5. Aromaterapia


Ilustrações: Samuel Rodrigues 


O químico francês René Gattefossé descobriu quase sem querer, nos anos 1920, o poder dos óleos essenciais: depois de queimar a mão, ele percebeu que o aroma da lavanda acalmava a dor. De lá pra cá, essa estratégia foi estendida para uma legião de plantas e virou abordagem terapêutica, a aromaterapia. Hoje, em países como Inglaterra e França, ela deixou spas para ser incorporada ao ambiente hospitalar. O óleo de lavanda, um dos mais famosos, já é usado em alas de queimados devido ao seu efeito calmante e analgésico. O potencial do método se deve à alta concentração do princípio ativo presente no óleo: o efeito de uma gota equivaleria ao de 25 xícaras do chá. “No tratamento, levamos em conta as queixas do paciente e suas preferências aromáticas. O uso pode ser feito por meio de cremes, sabonete líquido, massagem com o óleo ou através de um vaporizador”, explica Sandra Spiri, presidente da Associação Brasileira de Aromaterapia e Aromatologia. Hoje a principal ação dos óleos essenciais é o combate ao estresse e à ansiedade, o que justificaria, segundo novos trabalhos, seu benefício cardiovascular. Na Universidade Médica Taipei, em Taiwan, notou-se que uma curta exposição ao óleo de tangerina, 
por exemplo, ajuda a baixar a pressão arterial.

Origem: há relatos de que, na Antiguidade, egípcios, romanos, hindus e chineses já usavam óleos essenciais. Mas a terapia entrou na era científica com o químico francês René Gattefossé, no início do século 20 
Principais indicações: controle de estresse, ansiedade e dores 
Contraindicações: idosos ou pessoas que tomam muitos medicamentos, indivíduos com alergia e gestantes 
Onde faltam evidências: quadros de náusea e vômito intensos; o uso terapêutico isolado é, muitas vezes, pouco efetivo.


6. Hipnose 

Quando chegamos em casa e não lembramos o percurso das últimas quadras é porque estávamos numa espécie de transe — o inconsciente se manifesta enquanto é mantida uma reserva de vigilância. A hipnose nos induz a um estado semelhante e isso já é explorado no tratamento de depressão, fobias, distúrbios sexuais e alimentares. Até condições com sintomas mais físicos são enfrentadas — e convém esclarecer que o paciente é submetido a um treinamento até poder passar pelo tratamento. Um estudo publicado pelas universidades de Baylor, Texas e Indiana, nos EUA, com 187 mulheres com calorões motivados pela menopausa, mostrou que aquelas submetidas à hipnose tiveram uma redução de 74% na frequência desse incômodo contra 13% do grupo de controle.

Origem: o termo e seus precursores, Jean-Martin Charcot, Josef Beurer e Sigmund Freud, vêm do final do século 19 
Principais indicações: distúrbios psicológicos, transtornos sexuais e alimentares, controle da dor, de vícios e manias, insônia 
Contraindicações: não há, mas é ineficaz em pessoas não-suscetíveis 
Onde faltam evidências: como anestésico em cirurgias de grande porte, dores agudas 
e doenças nervosas


7. Técnicas de respiração


Ilustrações: Samuel Rodrigues 

Uma ação simples e até obrigatória para o organismo vem sendo explorada como coadjuvante no tratamento de distúrbios psicológicos. Trabalhar o ritmo da respiração, utilizando mais o diafragma (o músculo que impulsiona o inspirar e o expirar) e controlando a entrada e a saída de ar, é uma tática bem-sucedida para subjugar e afastar ataques de pânico e ansiedade, como indicam estudos do psiquiatra Antonio Egidio Nardi, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Isso ajuda a complementar o tratamento com remédios", diz. Há diversos treinos de respiração e um dos mais famosos é o método Sudarshan Krya, do ioga, tema de trabalhos na Universidade Harvard que demonstraram sua eficácia no controle do estresse, colesterol e insônia. Num experimento do Instituto do Coração de São Paulo (Incor), os médicos observaram que exercícios respiratórios melhoraram os níveis de pressão arterial de idosos. “O ritmo de respiração mais lento ativa o lado calmo do sistema nervoso autônomo, estimulando o relaxamento dos vasos”, justifica o pneumologista Geraldo Lorenzi Filho. Esta e outras técnicas ainda colaboram para controlar a asma e minorar a dor no parto.


Origem: algumas técnicas, como a do ioga, têm registros milenares 
Principais indicações: controle do estresse, de crises de ansiedade, ataques de pânico, dores agudas e da pressão arterial 
Contraindicações: a princípio, não há 
Onde faltam evidências: até agora, não há evidências contrárias, mas o uso terapêutico isolado não controla totalmente doenças crônicas


8. Meditação

Pessoas que dedicam um espaço da agenda a essa desconexão com o mundo — e olha que existem diversas formas de meditação — não só viveriam menos abatidas pelo estresse como estariam mais blindadas contra doenças. Um trabalho da Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA, acaba de demonstrar, depois de um teste com 154 voluntários, que indivíduos que meditam meia hora por dia correm menor risco de sofrer com gripes e resfriados e perder dias de trabalho por isso. “É provável que, interferindo no sistema nervoso, a prática ajude a regular a imunidade”, diz o autor, Bruce Barrett. Além da verve preventiva, a meditação também tem passado nas provas que avaliam sua capacidade de melhorar sintomas e dar qualidade de vida: há estudos com resultados positivos em hipertensão, esclerose múltipla e doença de Parkinson. “Estamos avaliando, com exames de ressonância magnética, o impacto da meditação tibetana em pessoas que sofreram danos cognitivos por causa da quimioterapia”, conta Paulo de Tarso Lima, do Hospital Albert Einstein.

Origem: depende do tipo (budista, cristã, transcendental...). A prática está ligada a religiões e culturas orientais desde a Antiguidade 
Principais indicações: gerenciamento do estresse, controle da dor, ansiedade e depressão, distúrbios nervosos, controle de efeitos colaterais de terapias agressivas 
Contraindicações: a princípio, não existem, mas a prática tem de ser devidamente orientada 
Onde faltam evidências: doenças psiquiátricas em crise, tratamento do câncer em si

9 . Massagem

Ninguém duvida do poder relaxante de uma boa massagem, mas os profissionais da área ainda lutam para diferenciar uma simples sessão antiestresse (feita até no shopping) de uma intervenção capaz de fazer o corpo reagir a algum desconforto ou problema de saúde. Embora a base seja a mesma — manipular tecidos moles do corpo —, existem várias categorias de massagem: sueca, chinesa, shiatsu, clínica... A exemplo de outras terapias, essa abordagem deve seus louros a minimizar a tensão e toda a cascata de irregularidades desencadeada por ela, como cansaço constante, dores musculares e pressão alta. Isso porque o estado de relaxamento propiciado em uma sessão baixa a concentração de cortisol, o hormônio do estresse, e melhora a qualidade do sono, imprescindível para manter o sistema nervoso sob equilíbrio. Mas a técnica pode se prestar também a efeitos mais localizados. Um estudo capitaneado pela Universidade Duke, nos EUA, aponta que, quando aplicada uma hora por dia toda semana, a massagem sueca, marcada por manipulações mais intensas focadas na musculatura, é eficaz no controle da dor em pessoas com artrose no joelho, problema que não raro resiste a tratamentos convencionais. Hoje, aliás, se busca distinguir os conceitos de massagem terapêutica e clínica. “A primeira é mais de caráter preventivo, enquanto a segunda visa intervir para ajudar a corrigir um problema”, diz Rogério Pires, presidente da Associação Brasileira de Massoterapia Clínica.

Origem: é uma prática milenar que faz parte, desde a Antiguidade, da cultura indiana, chinesa, tailandesa, romana e egípcia 
Principais indicações: controle do estresse, melhoria da qualidade do sono, gerenciamento da dor, constipação intestinal e recuperação de problemas musculares 
Contraindicações: pessoas em tratamento contra alguns tipos de câncer, indivíduos com varizes acentuadas ou diante de um processo inflamatório acentuado na pele ou nas articulações 
Onde faltam evidências: dores agudas e intensas, alguns tipos de câncer, lesões ortopédicas


10. Quiropraxia



Ilustrações: Samuel Rodrigues 

Quem já ouviu falar nesse método, bastante popular nos Estados Unidos, tende a pensar que ele é uma espécie de massagem com estalos nas costas. Mas a proposta vai além disso. “Por meio de movimentos precisos na coluna, que por vezes geram estalidos, a quiropraxia visa melhorar o alinhamento das vértebras para que a comunicação do sistema nervoso com a periferia se dê de forma mais harmoniosa”, explica Ana Paula Facchinato, coordenadora do curso de Quiropraxia da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. O principal alvo da técnica é, de fato, toda a extensão da coluna vertebral, e há situações em que seu potencial supera o de remédios. Um estudo da Universidade de Ciências da Saúde Northwestern, nos EUA, revelou recentemente que técnicas de manipulação como a quiropraxia são mais eficazes em controlar dores na região do pescoço que medicamentos e exercícios caseiros. Só vale lembrar que, antes de recorrer ao método, é preciso fazer uma avaliação detalhada da origem do incômodo, até porque em alguns quadros de hérnia de disco e osteoporose ela é contraindicada.

Origem: Estados Unidos, pelo estudioso de fisiologia e biomecânica humana canadense Daniel Palmer, em 1895 
Principais indicações: dor na lombar, dor no pescoço, problemas decorrentes de postura e de alterações no corpo (como gestantes) 
Contraindicações: osteoporose grave, hérnia de disco e doenças reumatológicas em crise, vítimas de derrame e algumas pessoas com histórico de câncer 
Onde faltam evidências: tratamento de dores agudas ligadas à hérnia de disco ou reumatismos 

Conheça mais 7 terapias

1. Reiki 
Técnica que se baseia na transmissão de energia para o corpo por meio da imposição das mãos sobre determinadas partes do organismo. Estudos, com ratos e humanos, sugerem que ela ativa o sistema imune e ajudaria a tratar doenças infecciosas e câncer, mas faltam evidências de como e até que ponto isso acontece. 


2. Ioga 
É uma atividade com caráter mais preventivo do que terapêutico. Pesquisas legitimam seu potencial para combater dores nas costas, por conta do fortalecimento muscular e do estado de relaxamento pós-sessão. A dificuldade é montar estudos para saber se isso supera o placebo (não há como ensinar uma ioga falsa). 


3. Ayurveda 
Trata-se da medicina milenar indiana, que inclui práticas como massagem, meditação e uso de alimentos e plantas. A maioria dos estudos com as ervas ainda é feita em ratos, com resultados que nem sempre podem ser transferidos para o contexto humano. Um deles mostrou que o fruto triphala facilita a perda de peso. 


4. Florais de Bach 
São essências à base de flores e ervas destinadas a modificar estados mentais específicos. Duas revisões de estudos concluídas recentemente, uma no âmbito geral e outra focada no efeito contra a dor, sinalizam que não há evidências suficientes de que elas propiciem mais benefício do que o placebo. 


5. Calatonia 
O terapeuta promove toques sutis em pontos determinados no corpo. Trabalhos realizados inclusive no Brasil sugerem que a técnica de origem húngara ajudaria pessoas operadas a se recuperarem mais rápido sem precisar de tantos remédios. Mas ainda há uma quantidade pequena de estudos de grande porte com a técnica. 


6. Termalismo 
A terapia é oferecida pelo SUS em caráter de observação. Os efeitos das estações termais estão relacionados à temperatura da água e suas propriedades minerais. O conceito é mais popular na Europa e na Ásia e há indícios de que, além de contra-atacar o estresse, o termalismo ajuda a tratar problemas circulatórios. 


7. Tai-chi-chuan 
É uma arte marcial cujos movimentos são realizados lentamente. Trabalha a mente, os músculos e o sistema cardiorrespiratório, e tem sido incorporada a serviços de geriatria, como no Hospital das Clínicas de São Paulo. Os achados científicos dizem respeito a seu combate a dores crônicas, como na artrose e fibromialgia, e prevenção de quedas em idosos. 



(fonte: Revista Galileu)

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

PESQUISADORA DA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA GANHA PRÊMIO NOBEL EM 2015



O Prêmio Nobel de Medicina 2015 chama-se Tu Youyou e é uma farmacologista que na Academia Chinesa de Ciências Médicas, trabalhou para tornar a artemisinina, uma terapia contra a malária. 

A cientista chinesa Tu Youyou, agraciada nesta segunda-feira com o Nobel de Medicina por descobrir um novo tratamento contra a malária, compartilhou o mérito do prêmio com sua equipe e considerou que a distinção é "uma honra para a ciência e a medicina tradicional chinesa em sua tentativa de estender suas mãos para o mundo".

Tu se transformou nesta segunda-feira na primeira mulher chinesa a ser laureada com um Nobel em qualquer uma de suas categorias e na primeira cidadã do país a fazê-lo em Medicina.

Além disso, Tu estabeleceu um feito inédito ao basear suas pesquisas na medicina tradicional chinesa, uma disciplina que nem sempre é reconhecida no Ocidente devido a sua base empírica.

A cientista, 84, descobriu a artemisinina em 1969, um tratamento contra a malária que salvou milhões de vidas no mundo.

"A artemisinina é um presente da medicina tradicional chinesa para a população mundial", destacou a doutora em Pequim na segunda-feira pela tarde, quando representantes do governo a visitaram para parabenizá-la, segundo publicou a agência oficial "Xinhua" na madrugada desta terça-feira.

De forma humilde, Tu detalhou que "a descoberta" desse tratamento "é um exemplo bem-sucedido de uma pesquisa coletiva em medicina tradicional chinesa", compartilhando o mérito com seus companheiros, depois que, no passado, alguns deles a criticaram por, supostamente, "se apossar" dessa conquista.

O descobrimento de Tu remonta às suas pesquisas nos anos 1960 e 1970, em plena Revolução Cultural, quando os cientistas eram considerados contrarrevolucionários e não eram permitidos de continuar com suas pesquisas.

No entanto, o ditador Mao Tsé-tung deu o aval para que Tu investigasse um tratamento contra a malária e ajudou a financiar seu trabalho devido ao elevado número de mortes que a doença estava causando no sul do país.

Tu se deparou com sua descoberta graças a um livro de 1.300 anos de idade que encontrou na ilha de Hainan, no sul do país.

Naquele manuscrito de mais de mil anos da medicina tradicional chinesa, que é baseada na tentativa e erro e em experiências que foram sendo descritas nos livros ao longo da História, se destacava que o absinto chinês (artemisia annua) era considerado pelos moradores da região como um bom remédio contra a febre, um possível sintoma da malária.

Então, Tu, com apenas 39 anos, conseguiu isolar o princípio ativo dessa planta, a artemisinina.

"A inspiração da medicina tradicional chinesa" foi importante, disse o presidente do Comitê do Nobel de Medicina e Psicologia, Juleen R. Zierath, em entrevista exclusiva com a "Xinhua".

No entanto, Zierath ressaltou que o realmente importante foi que Tu "identificou o agente ativo no extrato da planta" e destacou o papel da química moderna e da bioquímica para se chegar a essa substância.

(fontes: Fortune.com e noticias.uol.com.br)

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

PROBLEMAS NOS PÉS E TORNOZELOS


O pé é uma das partes mais complexas do corpo. É constituída por 38 ossos ligados por várias articulações, músculos, tendões e ligamentos, e é susceptível a várias tensões. Como resultado, problemas nos pés e tornozelos são uma razão comum para visitas a um consultório médico (4,8 milhões de visitas por ano, de acordo com a Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos). Os problemas nos pés podem ser causados por dor, inflamação ou lesão, limitando assim o caminhar (e, em alguns casos, a qualidade de vida de uma pessoa).



As disfunções mais comuns nos pés

A dor nos pés é causada por uma variedade de condições, na maioria das vezes por disfunções ou má postura.  No entanto, vários outros fatores podem causar (ou levar a) a dor do pé. O calçado pode piorar e, em alguns casos, produzir problemas nos pés. Sapatos que são muito apertados, por exemplo, podem aumentar a pressão e estresse, enquanto sapatos que são demasiado frouxos podem deixar o pé pronado, criando atrito. Exercícios executados de forma inadequada também podem causar dor no pé.

Existem vários tipos de problemas que podem afetar os calcanhares, dedos do pé, nervos, tendões, ligamentos e articulações do pé. Entre os tipos mais comuns de problemas nos pés são o esporão de calcâneo (um crescimento anormal no osso do calcanhar); calos (tumores insensíveis amarelados que se desenvolvem no topo dos dedos do pé); joanetes (uma protrusão do tecido ósseo ou em torno de uma articulação); neuromas (uma formação de tecido nos nervos que correm entre os ossos longos do pé); ou fascites plantares (inflamação da fáscia da sola do pé).


Um “pronador” pode apresentar um excesso de flexibilidade, causando instabilidade do pé e tornozelo. Também apresenta o “pé chato”, o que pode favorecer a fascite plantar e até fraturas por estresse nos ossos do pé e na tíbia (osso da perna). Com o passar do tempo as pessoas com o pé chato podem desenvolver tendinites no pé e tornozelo. Geralmente pessoas com esta pisada também têm joelhos curvos para dentro e podem sentir dores na parte de dentro do joelho.

Um “supinador” possui um arco do pé bastante acentuado, também conhecido como  "pé cavo", o que pode favorecer entorses de tornozelo, tendinites dos músculos da perna que ficam abaixo do joelho – que estão em constante tensão – além de retração da fáscia plantar. A fáscia plantar é um tecido localizado na planta do pé (sola) que quando submetido a constante tensão pode gerar dor e inflamação tecidual denominada fasceíte plantar e muitas vezes esporão de calcâneo. Geralmente pessoas com esta pisada também tem joelhos curvos para fora e podem sentir dores. As mulheres apresentam mais frequentemente lesões das cartilagens dos joelhos (condropatias).

Um “neutro” possui um perfeito arco plantar, porém isso não significa estar livre de lesões. Muitos dos acometimentos comuns aos pronadores e supinadores também podem aparecer em um neutro, sendo comuns as tendinites e fascite plantares.



O que a acupuntura pode fazer?


A acupuntura é bastante eficaz no alívio de certos tipos de dor no pé. Um estudo publicado na revista Acupuntura em Medicina em 1996 mostrou que a acupuntura é eficaz no alívio da dor crônica do pé, não resolvida por nenhum outro tratamento. Um estudo de 1999, por sua vez, descobriu que a estimulação elétrica de acupontos nos pés aumenta o fluxo de sangue para o pé e perna. Houve também relatos de acupunturistas individuais usando técnicas diferentes para aliviar a dor associada com o tornozelo, calcanhar e planta do pé.







Outros tratamentos incluem o Shiatsu, a moxabustão e a massagem relaxante, que inclui o estímulo de pontos de reflexologia podal. 








Tal como acontece com qualquer outra forma de cuidado, no entanto, lembre-se que nem todos os pacientes vão responder a todas as formas de tratamento. Certifique-se de discutir a situação cuidadosamente com seu acupunturista antes do tratamento para a dor do pé.